“Os atos dos Apóstolos e os nossos atos”

Adoração Eucarística - maio 2018

DIA VOCACIONAL DA FAMÍLIA CARMELITA DE FÁTIMA

I. Leitura bíblica

Da Epístola de S. Paulo aos Colossenses:

“Se ressuscitastes com Cristo, aspirai às coisas do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas do alto e não às da terra. Porque vós morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. Quando Cristo, que é a vossa vida, Se manifestar, então também vós vos manifestareis com Ele na glória. Acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição. E tudo o que fizerdes por palavras ou por obras, seja tudo em nome do Senhor Jesus, dando graças, por Ele, a Deus Pai” (Col 3, 1-4.14.17).

Meditação

Dos Escritos Espirituais de Santa Teresinha do Menino Jesus:

“Não sou águia. Dela tenho simplesmente os olhos e o coração, pois, apesar da minha extrema pequenez, ouso fixar o Sol Divino, o Sol do Amor, e o meu coração sente em si todas as aspirações da Águia. (…) A minha loucura é esperar que o teu Amor me aceite como vítima… A minha loucura consiste em suplicar às Águias minhas irmãs, que me obtenham o favor de voar em direção ao Sol do Amor com as próprias asas da Águia Divina… (MB 4 v-5 v)

É preciso fazer tudo o que está em si, dar sem contar, renunciar-se constantemente, numa palavra, provar o seu amor por todas as boas obras ao seu alcance. Mas na realidade, como tudo isto é pouca coisa, é necessário, quando tivermos feito tudo o que julgamos dever fazer, confessarmo-nos «servos inúteis», esperando contudo que Deus nos dará, de graça, tudo o que desejamos” (CRG 50).

Cântico

Refrão: Como as águias querias voar,/ sim, é grande tua aspiração,/ mas confessas da águia não ter/ mais do que os olhos e o coração.

Se a tua grande pequenez / não permite que as águias imites,/ não te impede que cá neste exílio/ o Alto Sol do Amor sempre fites.

Em teu posto, a amar ficarás,/ pois mais útil à Igreja há-de ser,/ um puríssimo acto de amor / que o mais que se possa fazer.

[1º momento de silêncio]

II. Leitura bíblica

Da Segunda Epístola de S. Paulo aos Coríntios:

Meus Irmãos: se há quem tenha pretensões, – falo como insensato – também eu as tenho. São hebreus? Também eu. São israelitas? Também eu. São descendentes de Abraão? Também eu. São ministros de Cristo? Falo como insensato: eu ainda mais. Mais pelos trabalhos, mais pelas prisões, muito mais pelos açoites recebidos, pelos frequentes perigos de morte. Cinco vezes recebi dos judeus os quarenta açoites menos um. Três vezes fui flagelado com varas, uma vez apedrejado; três vezes naufraguei e passei sobre o abismo uma noite e um dia. Fiz caminhadas sem conta, sofri perigos nos rios, perigos dos ladrões, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos dos falsos irmãos. Suportei trabalhos e canseiras, repetidas vigílias, fome, sede, frequentes jejuns, frio e nudez. E além do mais, a minha preocupação de cada dia: o cuidado de todas as Igrejas” (2Cor 11, 21-28).

Meditação

Do Livro das Fundações de Santa Teresa de Jesus:

“Nestas fundações não conto os sofrimentos das jornadas: o frio, o sol, a neve, que em certas ocasiões não cessava o dia inteiro. Ora nos perdíamos nos caminhos, ora sobrevinham muitos achaques e febres, porque, Deus seja louvado, habitualmente tenho pouca saúde. Contudo, via claramente que Nosso Senhor me dava forças; porque acontecia, por vezes, ao tratar-se de fundação, achar-me com tantos males e dores que me afligia muito, por me parecer, mesmo na cela, não podia estar senão deitada. Então voltava-me para Nosso Senhor queixando-me a Sua Divina Majestade e perguntava-Lhe como queria que fizesse o que não podia, ainda que com trabalho. Sua Majestade dava-me forças e com o fervor que me incutia, e o cuidado que eu trazia, dir-se-ia que me esquecia de mim mesma. Que me lembre, nunca deixei de fundar por medo ao trabalho, embora sentisse grande relutância pelas caminhadas, sobretudo sendo longas. No entanto, quando me punha a caminho, tudo me parecia pouco, vendo em serviço de Quem se fazia e considerando que naquela casa se haveria de louvar o Senhor e haver o Santíssimo Sacramento. Para mim é particular consolação ver uma igreja mais, quando me recordo das muitas que os luteranos roubam; não sei que trabalhos, por grandes que fossem, se haveriam de temer a troco de tão grande bem para a fé. Pois, embora nem todos advirtamos estar Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem no Santíssimo Sacramento em muitos lugares, como está, isto deveria, no entanto, ser de grande consolação para nós. Na verdade, muitas vezes me consolo muito no coro ao ver estas almas tão puras louvando a Deus” (F 18, 4-5).

Cântico

Nada te perturbe, nada te espante.

Quem a Deus tem, nada lhe falta.

Nada te perturbe, nada te espante. Só Deus basta.

Tudo passa, só Deus não muda.

A paciência tudo alcança.

[2º momento de silêncio]

v. Adorações anteriores

 

  [imagem: Os Apóstolo Paulo e Barnabé em Listra (1645), Jacob Jordaens (1593-1678)]